EMS reúne pesquisadores brasileiros em São Paulo para debater avanços nos estudos sobre o zika vírus
18/04/2016
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São Paulo, 18 de abril de 2016 - A EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, reuniu na última sexta-feira (15), três renomados pesquisadores brasileiros no Hotel Renaissance, em São Paulo, para apresentar, em primeira mão, os resultados de seus últimos estudos sobre o zika vírus para médicos, cientistas, representantes de entidades da classe médica e imprensa. Os palestrantes convidados foram Amilcar Tanuri, professor-titular do Instituto de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mauro Teixeira, professor-titular do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Glaucius Oliva, professor-titular de Física da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos e presidente do Comitê Científico da EMS.

Nas boas-vindas, Marcus Sanchez, vice-presidente Institucional da EMS, reforçou a missão da empresa de investir em pesquisa e desenvolvimento e reafirmou o comprometimento da companhia com a inovação. “Almejamos, como de praxe em nossa história, o pioneirismo, ao mesmo tempo em que trabalhamos para a ampliação do acesso a medicamentos de qualidade e confiança e também pela garantia de novas opções de tratamento para a classe médica e para a população”, disse. “Estamos certos de que todas essas descobertas vão colaborar significativamente nos rumos das pesquisas que têm sido desenvolvidas em busca de novos diagnósticos, vacinas e fármacos”, completou.

Amilcar Tanuri, da UFRJ, abriu os trabalhos com a apresentação da identificação do genoma do zika vírus no líquido amniótico de fetos afetados e a associação com o surto de microcefalia no Brasil. Segundo ele, “a microcefalia é só a ponta do iceberg e é necessário mudar a abordagem e passar a olhar também as imagens do cérebro dessas crianças, que muitas vezes é formado apenas por líquido”. O professor ainda alertou sobre uma possível reativação do vírus no corpo humano – que pode ficar “adormecido” e depois ressurgir, causando um novo episódio de infecção, e a urgente necessidade de estender a recomendação do prazo dado para as mulheres engravidarem após contraírem o zika de duas semanas para, no mínimo, dois meses.

Já o professor-titular de Física da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos e presidente do Comitê Científico da EMS, Glaucius Oliva, apresentou os estudos estruturais das proteínas do zika vírus, revelando a modelagem molecular de todas as proteínas que formam o vírus e os possíveis usos dessas estruturas, principalmente para a identificação de antígenos específicos do ZIKV com aplicações em diagnósticos e anticorpos terapêuticos, bem como o desenvolvimento de novos fármacos antivirais. Entre as estratégias traçadas por ele para as próximas etapas da pesquisa estão “a produção de todas as proteínas em forma recombinante, sua cristalização e estudos estruturais, bem como a triagem de novas moléculas inibidoras que possam ser desenvolvidas como potenciais novos fármacos contra as patologias causadas pelo virus”.

A última apresentação foi de Mauro Teixeira, da UFMG, que abordou os medicamentos anti-inflamatórios para zika vírus e outros flavivírus. O professor, que tem estudado a possibilidade do reposicionamento de fármacos já existentes, disse que “os antivirais serão fundamentais e desenvolvê-los no cenário atual vai ser muito difícil por tratar-se de um público de risco: as gestantes”. Ele adiantou que sua grande aposta atualmente é um neuroprotetor, que não diminui a quantidade de vírus no corpo, mas impede que o zika mate os neurônios.

O evento da última semana foi uma prévia da conferência internacional Bridging The Sciences: Zika Virus, que será uma oportunidade para estabelecer as bases para uma colaboração internacional efetiva de pesquisas e desenvolvimentos com objetivo de alcançar, globalmente, uma resposta rápida para esta epidemia. O trio de professores integra o grupo de quase dez cientistas brasileiros que representará o país no evento - realizado na Emory University em Atlanta (EUA), entre os dias 1° e 3 de maio, e que terá patrocínio da EMS. Lá, estarão reunidos pesquisadores de todo o mundo, bem como agências regulatórias e de fomento à pesquisa, com o objetivo de equalizar os conhecimentos que têm rapidamente sido desenvolvidos nas várias instituições ali representadas. Para mais informações, acesse: http://btsmeetings.com/zika/

 

Sobre a EMS

Maior laboratório farmacêutico no Brasil, líder de mercado tanto em unidades comercializadas quanto em faturamento, pertencente ao Grupo NC. Com aproximadamente cinco mil colaboradores e mais de 50 anos de história, atua nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, OTC e hospitalar, fabricando produtos para praticamente todas as áreas da Medicina. Tem presença no mercado norte-americano por meio da Brace Pharma, empresa com foco em inovação radical. A EMS também investe consistentemente em inovação incremental e é uma das acionistas da Bionovis, de medicamentos biotecnológicos – considerados o futuro da indústria farmacêutica. Com unidades produtivas em São Bernardo do Campo, em Jaguariúna e em Hortolândia (SP), onde funciona o complexo industrial, incluindo o Centro de Pesquisa & Desenvolvimento, um dos maiores e mais modernos da América Latina, e a unidade totalmente robotizada de embalagem de medicamentos sólidos, além de contar com a Novamed, localizada em Manaus (AM), uma das cinco maiores e mais modernas fábricas de medicamentos sólidos do mundo, a EMS exporta para mais de 40 países - www.ems.com.br.