O Universo da Síndrome de Down
18/03/2014
COMPARTILHE
TAGS
  • Síndrome de Down

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, dentro de 600 a 800 nascimentos, uma criança tem síndrome de Down, independentemente de etnia, gênero ou classe social. Trata-se de uma alteração genética causada por um erro na divisão celular em sua fase embrionária. Os portadores possuem três cromossomos no par 21 e a sua causa não é conhecida.

As características típicas da síndrome, são determinadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21:

  • Olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e dedos mais curtos;
  • Hipotonia (tônus muscular baixo) o que reduz a força dos músculos;
  • Aprendizagem mais lenta.

 

O universo da Síndrome de Down é composto por muita pesquisa e estudos de casos, por isso com o intuito de esclarecer principais dúvidas, selecionamos e reunimos uma série de informações importantes:

1) Síndrome de Down não é doença.

A Síndrome de Down não é uma doença e por isso os portadores também buscam a felicidade, assim como qualquer outra pessoa.

 

2) Pode ser detectada durante o pré-natal?

Pode ser realizado através do exame chamado USG, o qual demonstra a formação do osso nasal e a translucência nucal até a décima quarta semana de gestação.

 

3) A gestação de uma criança com SD não é de alto risco.

O parto de um bebê com Síndrome de Down não tem diferença e não é há contraindicações quanto ao parto normal.

 

4) Mulheres mais velhas têm mais chance de gerarem um bebê com SD.

Cerca de 80% dos que nascem com a trissomia 21 são filhos de mulheres mais velhas. As famílias prévias, quando um dos pais é portador da síndrome, também têm maiores chances de ter um bebê Down.

 

5) Portadores de Síndrome de Down apresentam atraso no desenvolvimento da linguagem.

Ao longo da infância e com o surgimento das primeiras palavras, pode ser observado um atraso no desenvolvimento da linguagem e dificuldade articulatória para emitir alguns sons. Por isso é importante a orientação de profissionais especializados para auxiliar nesta fase.

 

6) Pessoas com Síndrome de Down não são agressivas.

Não se pode generalizar as pessoas com Síndrome de Down. Cada indivíduo tem suas características de acordo com sua família e ambiente em que vive.

 

7) Como é a sexualidade para pessoas com Síndrome de Down?

A sexualidade é igual à de todas as outras e o período de puberdade ocorre por volta dos 13 e aos 17 anos. Os meninos possuem uma quantidade reduzida de espermatozoides, levando na maioria das vezes à infertilidade. Já as meninas tem sua menstruação por volta dos 11 a 13 anos e engravidam normalmente. Sendo que 30% das que engravidam também geram filhos portadores da síndrome, 10% resultam em aborto e 60% nascem sem síndrome de down, mas cerca de 20%, dentro desses 60% nascem com comprometimento físico ou mental, devido complicações no parto.

 

Especialistas indicam que as crianças portadoras da SD devam ser matriculadas em escolas regulares, desenvolvendo assim seu processo natural de crescimento e maturidade, além de interagir com alunos e professores. Porém, em casos específicos, indica-se o acompanhamento com profissionais em escolas especializadas.

A discriminação ainda é uma barreira encontrada, por isso o maior desafio do portador da síndrome é vencer o preconceito. Portanto é fundamental compreender que a Síndrome de Down não significa ter menos direito e para que o futuro seja mais igualitário, cada vez mais profissionais da saúde e educadores, lutam contra as dificuldades impostas a vida destas crianças.