Todos os anos a história se repete. Em períodos de grandes festas nacionais, o estoque de sangue nos hemocentros do país cai consideravelmente. No caso do Carnaval, por exemplo, há uma diminuição de 50% no número de doações, de acordo com dados do Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (Hemorio).
Os especialistas da área da saúde explicam que, em algumas ocasiões, somente as doações são capazes de salvar vidas - principalmente nos momentos em que hospitais necessitam repor o sangue de maneira rápida e ágil, para realização de cirurgias, tratamento de pacientes com câncer e doença real crônica.
Em cada doação são retirados, aproximadamente, 450 mililitros de sangue - enquanto cada pessoa possui cerca de 5 litros em todo o corpo. Para se ter uma ideia do problema, o Ministério da Saúde aponta que, entre as pessoas que doaram sangue nos últimos anos, 40% o fizeram somente duas vezes por ano - índice abaixo do ideal.
Muita gente tem medo de tornar-se um doador pois acha que o processo é doloroso ou que irá se sentir mal depois da doação, mas, na verdade, esses são dois grandes mitos em relação ao assunto. Os especialistas afirmam que a única dor é a picada da agulha - o que, sem a menor sombra de dúvidas, é bastante suportável.
Para ser doador de sangue é preciso preencher alguns requisitos básicos: ter entre 16 e 68 anos; pesar pelo menos 50 quilos; não estar em jejum; evitar alimentos gordurosos nas horas que antecedem a doação e não ingerir nenhum tipo de bebida alcoólica nas doze horas que antecedem a ida ao hemocentro. Veja aqui requisitos mais específicos.
Agora é com você. Não deixe de ajudar a manter o nível de estoque de sangue dos hospitais da região onde você vive. Antes, durante, ou até mesmo depois do Carnaval, procure o endereço do hemocentro mais próximo da sua casa.