Segundo pesquisa realizada por cientistas com mais de 30 mil moças da Austrália nascidas nas décadas de 20, 40 e 70, a falta de atividade físicas é o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas em mulheres com mais de 30 anos.

O novo estudo feito pela Universidade de Queensland, na Austrália, constatou que o tabagismo foi o principal vilão e apresentou maior impacto sobre o risco de doenças cardíacas em mulheres na faixa de 30 anos.

Ao passo que algumas mulheres abandonavam o vício, a ausência de atividade física teve forte influência no aparecimento de problemas ligados ao coração.

Publicado na revista científica British Journal of Sports Medicine, segundo os cientistas, deve existir um forte modelo de incentivo por parte do governo a continuar conscientizando as pessoas a pararem de fumar. Os cientistas ressaltam ainda que é preciso um esforço maior em estimular e promover a prática da atividade física.

Principalmente para as mulheres de meia-idade, mais suscetíveis a este tipo de doença, é necessário que se mantenham ativas para que possam chegar à velhice com mais saúde e praticando exercícios físicos. De acordo com o estudo, se todas as mulheres acima de 30 anos da Austrália seguissem as orientações, cerca de 3 mil vidas poderiam ser salvas por ano no país.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento no número de brasileiros que incorporaram os exercícios físicos à rotina. No período de 2009 a 2013, segundo pesquisa realizada com 23 mil brasileiros da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), o número foi de de 30,3% para 33,8% (proporção de pessoas que realizam atividade física no período de lazer). No mesmo período o número de mulheres que adotou a prática de exercícios aumentou: de 22,2% para 27,4%. Mesmo assim 50,8% da população está acima do peso ideal  e 17,5% são considerados obesos.

O ideal é fazer exercícios diários por pelo menos 30 minutos para reduzir os riscos de problemas cardíacos, diminuindo em até 50% o risco de doenças cardíacas.