A Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo levantou dados do Centro de Referência e Especialização em Sexologia (Cresex), do Hospital Estadual Pérola Byington e constatou que 48,5% das mulheres que chegam lá à procura de auxílio médico se queixam de diminuição do desejo sexual.
A pesquisa foi realizada com 455 pacientes do ambulatório, no qual 45% tinham idade entre 40 a 55 anos, 36,4% entre 25 a 39 anos e 7,9% com faixa etária variável dos 20 aos 24 anos.
O estudo também apontou que a maioria dos distúrbios se relaciona com fatores psicológicos e socioculturais, sendo apenas 13% associados a causas orgânicas, hormonais ou originados por alguma doença.
Além do dado anteriormente apresentado, foi revelado que 18,2% das mulheres entrevistadas têm dificuldade em atingir o orgasmo, 9,2% têm dor intensa durante o ato sexual, e 6,9% apresentavam inadequação sexual, que são níveis variados de desejo em relação ao parceiro.
Outros aspectos como vaginismo, disfunção sexual generalizada e distúrbios de excitação também foram reclamações relevantes escutadas pelo Cresex.
De acordo com a coordenadora do Centro, o tratamento dessas disfunções sexuais, em geral, é feito por meio de terapias comportamentais cognitivas. O uso de medicamentos só é indicado para causas orgânicas, quando esta é identificada.