O uso inadequado de medicamentos pode levar desde a uma reação alérgica leve até a um quadro grave de intoxicação, além de mascarar sintomas de uma doença mais grave, atrasando o diagnóstico e comprometendo o tratamento.
Segundo revisão dos dados fornecidos pelo Sistema Nacional de Intoxicações Tóxico-Farmacológicas - SINITOX, da Fundação Oswaldo Cruz, no ano de 2006 foram registrados 112.760 casos de intoxicação humana com 511 óbitos. Desses, 34.582 foram devidos à intoxicação por medicamentos gerando 106 óbitos. O documento não deixa claro quantos desses acidentes são devidos à automedicação. Deve ser levado em consideração também que muitos casos não chegam ao conhecimento dos órgãos encarregados das estatísticas. São os casos de subnotificação.
O acompanhamento médico é fundamental na hora de usar um medicamento, mesmo este sendo vendido sem obrigatoriedade de uma prescrição médica. O(A) doutor(a) é a única pessoa com as condições adequadas para avaliar as necessidades de um paciente, seu histórico de saúde, possíveis interações medicamentosas e possibilidades de alergias, prescrevendo de forma adequada um tratamento.
Por isso, a população deve estar atenta aos perigos do uso indiscriminado de medicamentos:
Com o fracionamento das doses de medicamentos (muito bem observada em farmácias de postos públicos de saúde) o Ministério da Saúde está ajudando a evitar a automedicação e os riscos de intoxicação, pois desta maneira o paciente leva para casa apenas a quantidade necessária para seu tratamento.
Cada um deve fazer a sua parte para evitar as complicações do uso indiscriminado de medicamentos.