Esperança para Diabetes: Pâncreas Bioartificial
16/07/2014
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O projeto do Centro Europeu para o Estudos da Diabetes (CEED), em Estrasburgo, utiliza a engenharia genética para produzir insulina, onde as células do pâncreas ficarão localizadas do lado de fora do abdômen. O protótipo foi desenvolvido por pesquisadores franceses e será testado em 2016, mas já se tornou uma grande esperança para os diabéticos.

Trata-se de um disco ultrafino desenvolvido de polímero, chamado de pâncreas bioartificial, que possibilitará aos pacientes não necessitar injeções diárias de insulina, pois o hormônio será fabricado através das células do pâncreas, dispostas dentro de um bolso artificial. As células pancreáticas são obtidas por engenharia genética e a partir de células-tronco.

Atualmente existem 25 milhões de pessoas com diabetes do tipo 1 no mundo todo, de acordo com a pesquisadora responsável pelo protótipo, Séverine Sigrist, o pâncreas artificial deve ter aplicação em grande escala em meados de 2020.

A ideia foi inspirada na técnica de transplante das próprias células pancreáticas, que visam suprir a deficiência deste órgão e induzir o organismo fabricar a insulina por conta própria, desta forma regula a quantidade de açúcar no sangue.

Segundo Séverine, a ideia foi projetar uma pequena caixa dentro da qual seriam colocadas as células pancreáticas, para que elas fiquem abrigadas contra o ataque do sistema imunológico, explica.

O grande desafio foi o desenvolvimento de uma membrana com característica semipermeável, que garantisse a mesma proteção ao passo que permite a passagem da insulina e também dos açúcares, orientando as células pancreáticas o quanto de insulina devem produzir.

  

Como funciona?

O disco deverá ser implantado no abdômen através de uma pequena cirurgia, e deverá ser substituído a cada 4 ou 6 anos. Dentro dele, as células pancreáticas serão renovadas, através de uma injeção subcutânea, a cada 6 ou 12 meses.

Foram 20 anos de pesquisa para chegar ao protótipo final. Foram realizados testes em animais e a próxima etapa será um estudo com 16 voluntários com planejamento para começar no fim de 2015 ou início de 2016, em Montpellier, no sul da França e em Oxford, no Reino Unido. Os primeiros resultados devem estar disponíveis no final de 2017.