Se você está entre aqueles que trabalham à noite e se alimentam em horários irregulares, cuidado. Um estudo feito pelo Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Vanderbilt, no Tennessee, indica que esse hábito pode apresentar perigos reais à saúde, como a obesidade, o transtorno metabólico e o diabetes.

Os pesquisadores descobriram que a ação da insulina sobe e baixa de acordo com o ritmo circadiano de 24 horas, ou seja, o ciclo biológico de quase todos os seres vivos, influenciado pela variação de luz, temperatura, marés e ventos entre o dia e a noite. O ritmo circadiano tem influência sobre, por exemplo, o estado de vigília e sono, a renovação das células e o controle da temperatura do organismo.

O transtorno da sincronia nesse processo é exatamente uma das característicos do trabalho noturno, podendo também ser detectado durante longas viagens de avião. Os transtornos nas horas de sono podem ter efeitos sobre a regulação do peso corporal e a homeostase de glicose e lipídios.

Experimentos com cobaias levam a crer que, quando é impossível manter uma regularidade, o ciclo passa a uma modalidade resistente à insulina e propensa à obesidade. Estes pontos-chave, como a ação da insulina e o metabolismo do açúcar no sangue, variam em função da hora do dia e os mecanismos internos que levam essas horas em consideração. Isso representa um problema, à medida em que os seres humanos podem manipular o período de luz disponível junto com o período de alimentação.

As cobaias normais se tornam resistentes à insulina durante o dia, quando estão dormindo. Com a interferência nessa regularidade, as cobaias perdem a noção das horas e com isso, seu organismo é afetado.

Por isso, dietas em que a principal refeição do dia é feita ao meio dia, provavelmente são as mais saudáveis, enquanto os jantares devem ser mais leves, e lanches após o mesmo não são indicados.