Ano de 2012 Pode ser o Mais Quente da História
01/11/2012
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Nunca tivemos temperaturas tão quentes. Ao redor do globo, vemos grandes ondas de calor em épocas em que geralmente as temperaturas são mais amenas. Essas mudanças são reflexos de uma economia baseada fortemente na produção em larga escala e consumo desenfreado - os resíduos se acumulam e pouco é notado até o momento em que a natureza resolve dar o alerta. Ações simples, no entanto, ajudam a amenizar os problemas do clima, mas grande parte da população ainda não as praticam.

O Instituto National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) publicou recentemente um dado alarmante: o mês de setembro de 2012 foi o mais quente da história. Segundo a agência climática, o período registrou 0,67° Celsius acima da média do século XX, que era de 15,6°. Como consequência, este ano será também o mais quente da história se as temperaturas continuarem a surpreender. É interessante notar que na composição desse número o Brasil registrou cerca de 1 grau a mais do que o normal para o período. Em agosto, outro registro preocupante: o Ártico apresentou sua menor área de gelo desde que os registros da NOAA iniciaram. Isso significa que as temperaturas altas começam a trazer problemas que podem se tornar graves num futuro próximo.

Segundo especialistas, as mudanças climáticas fazem parte da história da Terra. Com um mecanismo complexo, o planeta registra oscilações na temperatura desde milhões de anos atrás - essas mudanças contribuem para a composição química da atmosfera. Dentre os fatores que modificam as temperaturas naturalmente, podemos citar as erupções vulcânicas, as mudanças na órbita terrestre e na intensidade da radiação solar. Mesmo com essas mudanças, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos afirma que a humanidade surgiu em um período em que as temperaturas estavam estáveis. Embora não seja totalmente comprovado, grande parte da comunidade científica internacional reconhece que o atual aquecimento do planeta é fruto da atividade humana, e um dos nossos maiores desafios como civilização.

As ações agressivas ao planeta são bastante conhecidas, mas até hoje, a resposta a isso é pequena ou quase nula. A liberação de gases poluentes, devido ao massivo uso de combustíveis fósseis (como petróleo, carvão e gás natural) é um dos maiores problemas para o aquecimento global. No entanto, não é só o setor industrial que atinge fortemente nossa atmosfera: a pecuária também é encarada pelos cientistas como um problema. Na produção de carne, o alto número de gados resulta em grande quantidade de gás metano, liberado por suas fezes e também prejudicial para a atmosfera.

Os gases que são liberados sobem até a camada de ozônio, uma proteção natural da atmosfera contra a radiação solar. Com o bombardeamento desses gases em grande quantidade e ao longo dos anos, essa camada torna-se "frágil", permitindo a entrada de raios mais intensos do Sol. Em escala macro, essa ação aumenta as temperaturas, como foi demonstrado acima, porém, para nós, essa radiação mais intensa pode ampliar o risco de doenças, como o câncer de pele.

Mesmo ouvindo tantos problemas, a humanidade ainda não se mobiliza efetivamente. Ações simples, se realizadas em grande escala, conseguem amenizar a liberação desses gases e ainda são melhores para a nossa saúde. Veja quais são elas:

  • Evite andar de carro todos os dias. Como se sabe, o carro é um grande poluente, pois libera gás carbônico na atmosfera. Assim sendo, é interessante buscar meios alternativos de transporte. Escolha alguns dias para utilizar o transporte público ou, melhor ainda, andar de bicicleta e aproveitar para fazer um exercício;
  • Separe o seu lixo. A coleta seletiva existe para diminuir o volume dos aterros, reciclando os materiais que podem ser reutilizados. Com mais lixo reciclado, menos resíduos vão para os aterros sanitários para serem decompostos junto ao material orgânico. Com um volume menor de lixo, a quantidade dos gases emitidos à atmosfera é reduzido;
  • Coma menos carne. Um dos gases prejudiciais à atmosfera é o metano, cuja produção acontece, entre outros, durante a digestão dos ruminantes. Com a produção de carne em larga escala hoje em dia, a liberação desse gás aumenta. Crie uma alimentação balanceada, comendo diferentes tipos de carne ou outras fontes de proteína.