Automedicação Pode Levar a Óbito
07/11/2012
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Poucos sabem, mas em todo o mundo mais de 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta, segundo a Organização Munidal da Saúde (OMS). Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostram que em 2010 foram registrados mais de 24 mil casos de pacientes intoxicados por medicamentos; dentre eles, 67 foram a óbito. Este percentual está intimamente ligado ao mau uso dos remédios e, principalmente, à automedicação.

Tomar remédios sem o acompanhamento médico pode tornar o mecanismo que seria benfeitor em um veneno. Um paciente que se automedica, na melhor das hipóteses, pode ter o efeito do medicamento ingerido anulado. No entanto, não é isso que ocorre na maioria dos casos. Grande parte daqueles que se automedicam com frequência podem sofrer reações alérgicas e efeitos colaterais graves, por conta de intolerância a alguma substância ou erro na dosagem do remédio.

Além disso, muitos podem gradativamente adquirir uma dependência a uma substância, sendo difícil o tratamento e recuperação após o diagnóstico. Mesmo aqueles medicamentos que não exigem obrigatoriamente uma receita para o seu uso, geralmente os destinados a dores e inflamações, precisam de cuidado em sua dosagem. A ingestão contínua e indiscriminada do medicamento pode desestabilizar alguns sistemas do organismo pela presença anormal dessas substâncias. A ingestão de analgésicos, tidos como medicamentos banais, pode em longo prazo alterar a coagulação do sangue, por exemplo.

Em outro caso, o uso sem acompanhamento de anti-inflamatórios pode irritar a mucosa do intestino e resultar em úlceras, gastrites, náusea e vômito. Em última instância, a automedicação pode levar a erros de diagnóstico. Lembre-se sempre que sintomas parecidos podem indicar causas distintas e a única pessoa que poderá diferenciá-las é o seu médico, mediante exames. Quando há a ingestão prévia de medicamentos, é grande o risco em retardar o reconhecimento de uma doença, com a possibilidade de agravá-la.

A mistura de medicamentos também pode ser perigosa, assim, somente o médico saberá quais remédios podem ser combinados, baseado no seu histórico de saúde. Quando consultar um profissional da saúde, fique atento à receita e saiba exatamente o que você deve adquirir, quais as doses a serem ingeridas e em que intervalos de tempo. Mesmo com a prescrição, é preciso retornar ao médico caso os sintomas persistam ou modifiquem. Evite, sempre que possível, que a solução se torne o grande problema.