De acordo com a organização não governamental norte-americana, Parsemus Foundation, a partir de 2017 o mercado receberá o primeiro anticoncepcional masculino.

Chamado de Vasalgel, ele é diferente da pílula feminina, pois não necessita de doses diárias, apenas uma única aplicação funciona por um longo período. A Parsemus informa que o medicamento não envolve tratamento hormonal e pode ser revertido. Atualmente já foram realizados testes bem sucedidos em coelhos, e a próxima etapa será experiências com humanos. E esta etapa monitora o efeito do Vasalgel para garantir que os pacientes poderão voltar a fertilizar.

O medicamento

Os pesquisadores estão confiantes com os testes realizados com babuínos, onde os machos que receberam a aplicação do produto cruzaram com 15 fêmeas, e pela segunda vez, não as engravidaram.

O contraceptivo não contém hormônios em sua fórmula e seu funcionamento é similar à vasectomia. O gel com polímeros é injetado nos vasos deferentes, responsáveis pelo transporte do esperma na ejaculação, impedindo assim a fecundação. O desafio da organização é que o tratamento possa ser revertido, com um outro remédio que libere os vasos.

Pesquisas e Resultados

A inspiração partiu do medicamento indiano denominado Risug, cujo funcionamento é similar ao Vasalgel. O projeto para o desenvolvimento da chamada "pílula masculina" é financiado por doações de interessados.

A realidade pode parecer um pouco distante das gôndolas das farmácias, mas a possibilidade está próxima e poderá alterar as relações sexuais entre homem e mulher.

Por exemplo, o anticoncepcional dá ao homem a liberdade para decidir sobre a reprodução, dando ao casal mais uma possibilidade para o planejamento familiar. 

Segundo a diretora da Parsemus, "Mais de 23 mil homens e mulheres assinaram uma petição clamando por novos métodos (contraceptivos), e 18 mil pessoas estão aguardando notícias dos exames clínicos de Vasalgel", disse Elaine Lissner em um artigo publicado no The New York Times, sobre o anticoncepcional masculino.