Dia 1 de dezembro é o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. A data foi escolhida para lembrar as pessoas sobre como se prevenir e também para combater o preconceito que os portadores sofrem por conta da desinformação.
A AIDS é causada pelo vírus HIV, ou Vírus da Imunodeficência Humana, que destrói as células responsáveis pela defesa do organismo, deixando o portador vulnerável a todo tipo de doenças, como pneumonias, gripes, bactérias e até cânceres. A AIDS é transmitida através:
Isso significa que tocar na pele, abraçar e beijar não transmite o vírus. A principal forma de contágio ainda é o sexo sem proteção, por isso, é bom reforçar: use camisinha sempre.
Na década de 80 o diagnóstico era sinônimo de morte rápida e ainda havia mais preconceito. Hoje em dia com os tratamentos possíveis e o coquetel de medicamentos, os portadores podem levar uma vida quase normal. Mas ainda não há cura.
O Ministério da Saúde afirma que dos 700 mil brasileiros soropositivos, cerca de 150 mil não sabem que estão infectados. O medo de fazer um exame é injustificado, pois o coquetel de medicamentos tem o poder de fazer a doença regredir. Quanto antes se descobrir, melhor.
A conscientização sobre sexo seguro continua fundamental, pois só nos últimos seis anos, o aumento de casos entre pessoas jovens foi de 50%. A taxa em jovens de 15 a 24 anos cresce em velocidade maior do que no restante da população. No resto do mundo, o número de novos casos em jovens caiu 32%, o que significa que o Brasil está na contramão da tendência mundial.
Na última década, 34 mil jovens adquiriram HIV. Especialistas acreditam que é um reflexo do pensamento que a doença pode ser controlada e não é tão perigosa. Mas viver com AIDS não é fácil e enfrentar o preconceito muito menos.
Mas e se você foi exposto ao risco? O que fazer?
O exame vai demorar de 3 a 4 semanas para ficar positivo em caso de contaminação. Mas não espere para procurar a rede pública: você pode receber tratamento preventivo, remédios que vão evitar que o HIV penetre no organismo. É uma medida de emergência que deve ser tomada no máximo em 72 horas depois da exposição (contato sexual sem proteção, por exemplo). Se passar desse período, o tratamento preventivo já não tem mais duração. Os remédios devem ser tomados rigorosamente durante um mês para fazerem efeito. Esse tratamento é chamado de Profilaxia Pós-Exposição, ou PEP.
A ciência faz a parte dela na cura: faça a sua e impeça o avanço da epidemia. Use camisinha sempre.