Panorama do Câncer de Colo de Útero no Brasil
27/03/2014
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O câncer de colo de útero ou câncer cervical, é uma doença com prevalência em mulheres, acima dos 25 anos. A principal alteração das células é a infecção através do papilomavírus humano (HPV) e seu diagnóstico pode ser feito através de exames preventivos, como o Papanicolau, que deve ser realizado periodicamente.

Estatísticas do INCA (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) revelam que em 2014 serão aproximadamente 15 mil novos casos da doença. Mas alerta ainda que, se a mulher fizer um diagnóstico precoce e realizar o tratamento adequadamente, a chance de cura é de 100%. No Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente nas mulheres, atrás do câncer de mama e do colorretal.

O tumor passa por uma fase antes de se tornar maligno, denominada de pré-malignidade, a NIC (neoplasiaintraepitelial cervical), que de acordo com a gravidade pode ser classifica em graus, I, II, III e IV. Com o avanço das tecnologias e campanhas de conscientização, as estatísticas apontam que 44% dos casos diagnosticados no país são de lesòes in situ, ou seja, ainda na fase restrita ao colo, onde a doença pode ser curada.

 

Os tipos mais frequentes que estão associados à infecção pelo HPV:

  • Adenocarcinomas (20% dos casos)
  • Epidemoides (80% dos casos)

 

Dentre os principais fatores de risco, especialistas afirmam que a infeção através do HPV, representa o fator de maior risco para o surgimento do câncer de colo de útero. Ainda tratados como grupo de risco são: más condições de higiene, baixa imunidade e relações sexuais sem preservativo.

O câncer de colo de útero é assintomático na fase inicial, cujos sintomas podem ser sangramento vaginal após a relação sexual e corrimento vaginal (leucorreia) de cor escura. Na fase mais avançada do tumor, podem surgir: hemorragias, dores lombares e abdominais, perda de apetite e de peso.

Por isso, é de fundamental importância que o diagnóstico seja realizado através de uma avaliação ginecológica, chamada de colposcopia, além do exame citopatológico de Papanicolaou. A periodicidade é essencial para se iniciar o tratamento precoce, uma vez que na fase assintomática, o Papanicolau detecta as alterações celulares e a infeção pelo HPV. Já o diagnóstico definitivo, só é feito com o resultado da biópsia.

 

Tratamento

Uma vez confirmada a presença do tumor, dependendo do estágio da doença e das condições físicas da mulher, o tratamento tem por objetivo a retirada ou destruição das lesões precursoras pré-malignas. A intervenção cirúrgica é indicada quando o tumor está confinado no colo do útero.

Atualmente o Ministério da Saúde uniu esforços para fazer uma campanha de vacinação contra o HPV e destaca que, o exame Papanicolau, oferecido pelo SUS deve continuar sendo realizado como medida de diagnóstico precoce.

Contudo, o esclarecimento e a conscientização da população são primordiais para que seja feita a prevenção adequada. A vacinação contra o HPV, ainda é a medida preventiva mais eficaz e recomendada para meninas, antes do início da puberdade, sem contar o uso indispensável do preservativo na relação sexual, contra a infecção do vírus e de outros tipos de DSTs. 

 

Eventos

Existem também iniciativas da comunidade científica que atua principalmente na condução das pesquisas e prestação de todo o atendimento necessário aos pacientes. Como o Centro de Pesquisa do Câncer na Mulher, localizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCPA, cujo objetivo é gerar conhecimento através das pesquisas clínicas, bem como prestar atendimento especializado às mulheres.

Congresso Internacional de Controle do Câncer na Mulher acontecerá dias 28, 29 e 30 de novembro, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Rua Ramiro Barcelos, 2.350).

Site: www.controledocancernamulher.com.br