Fibromialgia e Controle da Dor
21/05/2014
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A doença é definida como uma síndrome que provoca dores por todo o corpo por longos períodos. Sua manifestação acomete predominantemente um dos lados do corpo, embora o outro também fique mais sensível. Pode causar indisposição, alteração do sono e interferir na capacidade em executar as atividades diárias. A fibromialgia está relacionada ao funcionamento do sistema nervoso central e à supressão da dor.

 

Aspectos da doença

A Organização Mundial da Saúde reconheceu a Síndrome da Fibromialgia como doença, somente no final da década de 70 e divulga que atualmente 8% da população adulta, sofre com a enfermidade no mundo todo. Assim como a artrite, a doença pode ser considerada uma condição reumática.

Possui prevalência em mulheres, que estão entre 80 e 90% dos casos estudados, entre os 30-50 anos e diversos fatores justificam esta maior incidência. O sistema nervoso feminino produz menos serotonina, o que às coloca em um grupo de risco mais propenso à depressão, além de questões hormonais, onde durante a tensão pré-menstrual o organismo da mulher fica mais sensível. Por fim, com a rotina atarefada da mulher moderna, acabam sobrecarregadas e com pouco tempo para o repouso, o que propicia maior incidência de dor pelo corpo, cabeça e costas.

 

Como a fibromialgia se apresenta?

A dor se instala em 9 pontos específicos:

  • Região subocciptal (atrás da cabeça);
  • Músculo trapézio (em cima do ombro e nas costas);
  • Região supraespinal;
  • Altura das vértebras cervicais;
  • Articulação condrocostal, onde a segunda costela se insere no osso esterno;
  • Joelho, especialmente na parte de trás do joelho;
  • Área onde o fêmur se encaixa na bacia;
  • Região glútea;
  • Ao lado do cotovelo.

 

Importância do diagnóstico adequado

Cerca de 80% dos pacientes diagnosticados, afirmam que já sentiram dor nas costas, as quais podem não representar a doença e que costumam a melhorar espontaneamente, ao contrário da dor que caracteriza a fibromialgia, que permanecem cerca de três meses e não apresentam resposta satisfatória aos tratamentos com medicamentos. Neste caso, a dor crônica deve ser avaliada com atenção.

Exames clínicos e neurológicos são fundamentais para afastar a possibilidade de problemas neurológicos, cujos sintomas são cansaço e fraqueza muscular. A avaliação da estrutura muscular e óssea do ligamento é importante, bem como a verificação dos pontos dolorosos.

  

Fibromialgia e a dor

O mecanismo da dor em uma pessoa saudável não ocasiona desconforto na região lombar, se a mesma permanecer sentada por muito tempo numa postura errada, uma vez que o sistema supressor de dor, funciona utilizando endorfinas e a serotonina produzidas pelo próprio organismo.

Nas mulheres diagnosticadas com a doença, o mesmo tipo de estímulo não é processado da mesma forma. O limiar da dor é mais baixo, por isso o sistema supressor funciona com menos intensidade, o que as deixa mais suscetíveis e sensíveis.

 

Tratamento e qualidade de vida

Como equilibrar mecanismos do sistema nervoso central com os estímulos nervosos? Apenas a medicação com analgésicos não é suficiente em alguns casos, sendo assim é importante que o médico oriente o paciente de forma mais ampla. O tratamento envolve também a prescrição de atividade física, como elemento importante na melhora do sistema supressor da dor, uma vez que estimula a sensação de conforto e satisfação. Para casos de tensão muscular, massagem e exercícios de alongamento para corrigir a postura são os mais indicados.

Exercícios de relaxamento e condicionamento físico para fortalecer o sistema cardiovascular, como ioga, hidroginástica e caminhada, compõem um quadro de tratamento ideal. Para casos específicos, a dança é outra atividade benéfica, assim como Pilates que envolve ou não alguns aparelhos. 

Contudo, é importante ressaltar que assim como o diabetes e a hipertensão, a fibromialgia precisa ser controlada e seu tratamento realizado com atenção, desta forma o acompanhamento de terapia pode auxiliar o paciente a reduzir alguns fatores chamados desencadeantes. Tão fundamental quanto cuidar da saúde é a conscientização com relação a doença; compreender a sua causa pode ajudar a pessoa a desenvolver hábitos adequados e consequentemente lidar melhor com as dores.