Com prevalência em pessoas entre 25 e 50 anos, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informam que 5,4 milhões de brasileiros sofrem de hérnia de disco e que 30% da população mundial com mais de 50 anos apresenta alguma forma assintomática dela. Trata-se de uma inflamação que acomete os discos vertebrais.

Pode ser dividida em quatro fases, de acordo com o seu grau de degeneração das raízes nervosas. Pode ocorrer em todos os discos vertebrais, com mais intensidade na região lombar, seguida da região cervical (3:1). Especialistas alertam que pode estar ou não associada a outras patologias da coluna.

Por dentro da coluna

Composta por vértebras, nervos, discos invertebrais, músculos, ligamentos e medula, a coluna vertebral é a sustentação do corpo e justamente nesse conjunto acontecem algumas disfunções que causam dor e incômodo nas costas. A principal delas é a hérnia de disco, cujo estágio inicial pode ser assintomático.

Na maioria dos casos a predisposição genética é a causa da incidência da inflamação, seguido por envelhecimento, pouca atividade física e tabagismo. A postura errada como carregar ou levantar muito peso, também pode comprometer a saúde do sistema muscular, o que favorece o aparecimento das chamadas hérnias discais.

Com o tempo e uso repetitivo, os discos invertebrais se desgastam, o que facilita a formação da hérnia. O que ocorre é que parte deles sai da posição normal, comprimindo as raízes nervosas que chegam da coluna. As regiões mais afetadas são lombar e cervical, por suportarem mais carga e serem mais expostas aos movimentos.

Sintomas e Diagnóstico

A hérnia de disco está relacionada à sobrecarga compressiva no disco intervertebral, cuja causa pode ser atribuída a um conjunto de fatores ditos anteriormente e complementados por: desvio da coluna, esforço repetitivo, sobrepeso e instabilidade articular da vértebra.

A dor é irradiada para os membros inferiores e está associada primeiramente à região lombar, depois pernas e pés causando fraqueza muscular e formigamento (parestesia). Em alguns casos, as manifestações de dor são assintomáticas, que podem prejudicar a descoberta do problema e dificultar o tratamento. Por isso atenção aos sinais de dores na coluna!

O diagnóstico deve ser feito com exames de Raio X, tomografia e ressonância magnética, os quais determinam o tamanho da lesão e em qual região está localizada.

Tratamento

As hérnias localizadas na coluna lombar recebem tratamento clínico com uso de analgésicos e antinflamatórios, combinado a repouso e sessões de fisioterapia. Em geral 90% dos portadores dessas hérnias estão aptos para reassumir suas atividades rotineiras em apenas um mês. Muitos pacientes, porém, precisarão de cirurgia para lidar com o problema, tudo depende do tamanho da lesão e dor.

Para casos de hérnia de disco na coluna cervical, dependendo da gravidade da lesão, o tratamento (seja cirúrgico ou não cirúrgico) considera a gravidade dos sintomas e o déficit motor.

Em ambos os casos é muito importante seguir as orientações médicas e realizar o repouso adequado.

Recomendação e prevenção

• Procure manter uma postura correta quando estiver de pé ou sentado;
• Repouso após a cirurgia é fundamental;
• Mantenha uma rotina de atividade físicas de acordo com a faixa etária;
• Atenção aos sintomas durante e depois do tratamento ou cirurgia, o ideal é suspender os exercício se sentir dor e procurar orientação médica imediatamente.

Hábitos saudáveis como exercícios físicos regulares e adequados, atenção à realização de alongamento, fortalecimento da musculatura abdominal e paravertebral e postura corporal correta, são medidas importantes para prevenir as doenças da coluna.