Infecções Resistentes a Medicamentos
15/02/2013
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Todos sabem que o aquecimento global é uma grave ameaça ao mundo, mas pouquíssima gente desconfia que há problemas ainda mais preocupantes. O número de infecções resistentes a remédios, por exemplo, é um deles, e a situação tem se tornado cada vez mais grave durante os últimos anos. 

Especialistas da Sally Davies, uma das principais autoridades da área da saúde na Inglaterra, explicam que grande parte das bactérias estão resistentes aos medicamentos atuais, e que existem poucos remédios capazes de substituir aqueles que veem se tornando ineficazes. O problema, na avaliação deles, já é mais grave que o aquecimento global. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já previu um cenário apocalíptico, caso não sejam tomadas as medidas que evitem e combatam epidemias de superbactérias. Estima-se que em cerca de vinte anos os antibióticos simplesmente não funcionarão mais. 

 

  • Antibióticos

O desenvolvimento dos antibióticos, medicamentos que inibem ou anulam o crescimento de bactérias, é considerado uma das maiores conquistas da medicina. O problema é que, nos últimos tempos, esses remédios começaram a falhar - e muito - na batalha contra algumas doenças infecciosas. 

O uso inadequado da droga faz com que as bactérias mais resistentes persistam no organismo mesmo sem serem notadas, criando uma doença ainda mais agressiva, resistindo ao medicamento antes tomado. Os pesquisadores explicam que, por causa disso, é preciso investir forte no desenvolvimento de medicamentos. 

E já há uma luz no fim do túnel. Alguns cientistas estão correndo contra o tempo no objetivo de criar alternativas aos antibióticos. Um grupo de pesquisadores alemães, por exemplo, encontrou um equivalente terapêutico, que pode vir a substituir penicilina e assemelhados. No entanto, não há uma previsão para a sua chegada ao mercado. 

Além disso, uma equipe de cientistas dos Estados Unidos também já conseguiu reformular um antibiótico comum para o tornar capaz de matar a classe mais mortal de bactérias resistentes aos remédios. O composto poderá, quando aprovado, ser usado clinicamente para o tratamento de pacientes com infecções bacterianas resistentes.