A hipertensão atinge atualmente 17 milhões de pessoas no Brasil e até 2025 o número deverá crescer 80%, segundo dados do Ministério da Saúde. A doença é responsável por 45% dos ataques cardíacos e 51% dos acidentes vasculares cerebrais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Os números indicam prevalência de hipertensos na faixa etária acima de 55 anos, com diagnóstico maior em mulheres (25,5%), do que em homens (20,7%). A obesidade, sedentarismo, maus hábitos alimentares, excesso de sal e consumo excessivo de bebidas alcóolicas estão entre os fatores de risco mais comuns. Pessoas com problemas de hipertireoidismo, hipotireoidismo têm mais tendência a sofrer com a hipertensão.
A Universidade Estadual da Florida nos Estados Unidos divulgou um estudo que apontou o consumo de melancia como um excelente aliado ao combate a hipertensão. Publicado no American Journal of Hypertension, o estudo mostrou que a fruta pode reduzir significativamente a pressão arterial em pessoas com excesso de peso.
A pesquisa se baseou a partir da constatação de que muitas pessoas morrem de ataques cardíacos na época do frio, pois as baixas temperaturas levam a um estresse cardíaco, aumentando a pressão arterial, o que faz o coração trabalhar mais para bombear o sangue.
Desta forma, pessoas com pressão arterial elevada constituem um grupo com alto risco de sofrer acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco quando expostos às temperaturas baixas. A pesquisa durou 12 semanas e os pesquisadores descobriram que a melancia pode proteger o coração nesta situação.
Com uma amostra de 13 homens e mulheres de meia-idade, com quadro de pressão alta e obesidade, a equipe de pesquisadores os deixaram expostos ao frio enquanto tinham sua pressão arterial monitorada. Eles foram divididos em dois grupos, onde um recebeu um extrato da fruta enquanto o outro recebeu um placebo.
Os resultados foram animadores, pois mostrou-se que o consumo de melancia teve um impacto positivo sobre a pressão arterial da aorta e outros parâmetros vasculares. A pressão arterial e o estresse cardíaco do grupo que recebeu o extrato, apresentaram melhoria. A conclusão é que com menos sobrecarga para o coração em exposição ao frio, pode garantir um melhor funcionamento do órgão em uma situação estressante.