Uma pesquisa recente indica que pessoas obesas que culpam o metabolismo devagar pelo excesso de peso podem não estar inventando uma desculpa.
A descoberta, publicada no periódico científico "Cell", parece ser a primeira prova de que uma mutação no DNA pode sim diminuir o trabalho do metabolismo do corpo.
A "desculpa" costumava não ser aceita pelos médicos e pela sociedade por conta da falta de provas científicas. Mas essa realidade pode mudar.
Os estudiosos sabiam que camundongos que nascem ser uma das seções de DNA (um gene chamado KSR2) ganham peso mais facilmente. Mas o que eles não haviam descoberto ainda era o efeito dessa mutação nos seres humanos.
Para fazer essa descoberta, foram testadas 2.101 pessoas muito obesas, e algumas delas possuíam a versão "diferenciada" do DNA. Essa mutação, faz com que a sensação de fome seja muito grande e a vontade de se mexer menos, pois o KSR2 afeta a maneira de como as células individuais interpretam sinais. Essas pessoas também têm altas chances de desenvolver diabetes tipo 2 com pouca idade.
Apesar dessa relação, os estudos também indicam que algumas pessoas com o DNA alterado tem o peso normal, e que caso as indústrias farmacêuticas consigam desenvolver remédios que lidem com problemas semelhantes aos KSR2, pessoas obesas com ou sem o gene mutante podem se beneficiar.