A rotina certamente é comum em vários lares brasileiros. Crianças e adolescentes passam cada vez mais tempo dentro de casa, em frente ao videogame ou ao computador. Nos tempos modernos, as brincadeiras de rua se tornaram menos frequentes e as causas são bastante conhecidas: a insegurança das cidades, a falta de tempo dos pais para acompanhar as atividades e o acesso a vários tipos de tecnologia. É preciso estar bastante atento a esse novo comportamento.

A atividade física na infância traz diversos benefícios extremamente importantes para o desenvolvimento dos jovens. No entanto, alguns dados apresentados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são bastante preocupantes: uma em cada três crianças brasileiras com idade entre 5 e 9 anos está acima do peso. Poucas pessoas sabem, mas o grande problema é que a obesidade na infância pode causar muito mais riscos do que se supunha.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, constatou que crianças obesas têm um risco de 30 a 40% maior de sofrerem infarto ou terem doenças cardíacas no futuro - isso sem falar da diabetes tipo 2. Além da tecnologia e sedentarismo, há ainda outro grande vilão que contribui para o sobrepeso e obesidade: a alimentação em excesso e sem qualidade. O problema é tão grave que até mesmo o poder público já entrou na briga.

Em Florianópolis (SC), uma lei em vigor desde junho de 2012 proíbe as redes de fast-food de comercializaram produtos que acompanhem brindes para o público infantil. É a primeira vez que a justiça proíbe este tipo de venda casada no país. A opinião dos pais de crianças não parece ser muito diferente.

O Instituto Datafolha divulgou recentemente uma pesquisa apontando que a maior parte deles acredita na má influencia de propagandas de alimentos que não são saudáveis. Quase 80% dos entrevistados, pais de jovens de até 11 anos, afirmaram que a publicidade de alimentos prejudica o processo de educação alimentar.

É preciso intervir nos hábitos dos jovens para que a situação não se agrave ainda mais, e a EMS, é claro, trouxe várias dicas para manter a vida dos jovens mais saudável. Confira abaixo as nossas sugestões:

• Bebês devem mamar no peito pelo menos durante os seis primeiros meses de vida. Os especialistas indicam que somente o leite materno proporciona nutrição na medida certa, reduzindo os riscos de obesidade durante a infância;
• Embora não sejam as comidas prediletas dos jovens, frutas e vegetais devem fazer parte do cardápio de toda criança e adolescente. Eles são alimentos ricos em vitaminas, fibras e sais minerais - nutrientes importantes para quem está em fase de crescimento;
• Não há o que discutir: aquele refrigerante estupidamente gelado não é a melhor alternativa para matar a sede e hidratar o corpo. Bebidas com altos níveis de açúcar trazem diversos problemas ao organismo. É necessário beber água;
• Faça da sua família um grupo sempre ativo. Pratique atividades físicas com as crianças de duas a três vezes por semana. Convide-os para brincar, andar de bicicleta ou fazer uma simples caminhada naquele parque da sua cidade. Outra boa alternativa é incentivar todos a praticarem esportes.