Pílulas Anticoncepcionais: Todas podem Tomar?
23/06/2014
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As pílulas anticoncepcionais podem ser de dois tipos. O primeiro grupo é constituído por pílulas que contêm hormônios femininos sintéticos: o estrogênio associado ao progestogênio. A função é bloquear a ovulação e agir sobre o colo do útero, impedindo que o mesmo se dilate, dificultando a passagem do espermatozoide. O segundo grupo de pílulas contêm apenas o hormônio progestogênio, cuja ação é sobre a hipófise que bloqueia a ovulação, provocando um fechamento mais intenso do colo do útero.

Desde o lançamento da primeira pílula no mercado, em meados de 1960, as mulheres puderam exercer a sexualidade de forma a controlar o próprio corpo e o organismo. As primeiras pílulas continham altas doses de estrogênio por isso causavam diversos efeitos colaterais indesejáveis, tais quais: aumento de peso, dor nas mamas, entre outros.

Com o avanço da pesquisa e estudos laboratoriais, as fórmulas modernas reduziram significativamente os efeitos colaterais, mesmo assim, o uso é contraindicado para mulheres fumantes, após os 35 anos de idade, devido ao alto risco de acidentes cardiovasculares e trombose.

 

Indicação e uso contínuo

Proporcionando a condição de conhecer e poder controlar o próprio ciclo, a pílula trouxe muitos benefícios para a vida das mulheres. Atualmente o uso é indicado sempre com acompanhamento médico regular.

Os métodos contraceptivos devem começar a serem ministrados já no início da atividade sexual da mulher. 

A pílula é um método que não representa fator de risco para infertilidade no futuro, tampouco para o crescimento, caso a mulher ainda esteja nessa fase, pois a quantidade de hormônio que a fórmula possui é baixa, não causando qualquer prejuízo para o desenvolvimento.

 

Contraindicações e uso tardio

Dores de cabeça sem nenhuma outra causa aparente, alterações visuais como a diplopia (visão dupla) ou perda da visão lateral, dores de barriga, cólicas podem ser sintomas que caracterizam efeito colateral da pílula, por isso o acompanhamento médico é valioso. O ginecologista poderá, então, receitar uma pílula que melhor se adeque ao seu corpo (ou suspender o uso, dependendo das reações). As diferentes composições não significam mais ou menos proteção eficaz. Os efeitos colaterais podem ocorrer antes do término da primeira semana da cartela, indicando a inadequação hormonal.

As mulheres com 40 anos entram em uma fase denominada climatério, cujo período se estende até os 65 anos, e o uso da pílula anticoncepcional pode proteger as mulheres nesta fase contra a perda de cálcio ósseo (osteopenia ou osteoporose).

O ideal é realizar um acompanhamento médico frequente, além de iniciar um tratamento adequado de acordo com o histórico e pretenção de cada paciente.