Tabagismo X Amamentação
26/08/2014
COMPARTILHE
TAGS
  • amamentação
  • tabagismo
  • cigarro
  • gravidez
  • gestação
  • mães fumantes

Considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a principal causa de morte evitável, o tabagismo é um vilão também para mães que estão amamentando. Dados da organização indicam que a mulher grávida fumante possui 70% mais chances de sofrer um aborto espontâneo, além do bebê nascer abaixo do peso normal e com riscos de malformações e complicações cardíacas.

O cigarro libera mais de 4 mil componentes tóxicos no organismo, que chegam através dos pulmões e são liberados para a corrente sanguínea. O coração é o órgão responsável por bombear o sangue para o corpo da gestante e para o feto, onde a placenta não impede que as substâncias cheguem até o bebê, por isso o cigarro prejudica o desenvolvimento do feto, além de impedir a entrada de nutrientes (o que explica o baixo peso e as complicações).

 

A amamentação

O período da amamentação é um momento especial da mãe com o filho, pois é por meio do leite materno que bebê absorve todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento, sendo assim é fundamental que receba sem a intervenção de toxinas. 

O organismo da mãe fumante absorve a cotinina, um metabólito da nicotina, que é eliminada no leite, por isso o bebê sofrerá os males do fumo e será exposto à nicotina através deste alimento. É importante ressaltar que o nível de cotinina diagnosticado em crianças cujas mães são fumantes e amamentam são iguais aos dos fumantes ativos.  Assim, mães fumantes devem aguardar cerca de duas horas após o último cigarro para o início da amamentação. O ideal, no entanto, seria aproveitar para largar o vício.

 

Riscos e Recomendações

A dificuldade em amamentar pode ocorrer devido a diminuição do nível do hormônio responsável pela produção do leite (prolactina). Consequentemente o bebê não atinge o peso ideal de forma normal, apresentando até 40% menos de aumento do peso se comparado com crianças amamentadas por mães não-fumantes. Além da diminuição da fertilidade, o cigarro causa danos após a gravidez, pois reduz a capacidade ovulatória da mulher, além de causar câncer.

A recomendação fundamental é iniciar um tratamento para abandonar o vício o quanto antes. A orientação médica é importante para auxiliar na mudança de estilo de vida e adotar hábitos alimentares que ajudam a eliminar as substâncias do organismo. O alerta é preocupante e a principal orientação é a mãe cuidar da saúde em primeiro lugar.