Não há pesadelo maior para mamãe ainda em fase de gestação do que saber que algo não vai bem com o seu bebê, mas as novas tecnologias e os avanços na medicina já permitem a realização de cirurgias intra-uterinas, que corrigem doenças graves que possam acometer o feto e que podem atingir 1% das gestações no Brasil.
A primeira cirurgia fetal no Brasil foi realizada em 2003, e desde então, tornou-se a esperança de curar doenças de difícil tratamento, já que através desse procedimento, as possibilidades de o feto nascer sem sequelas e ter um bom desenvolvimento neurológico aumentam em 90%. O diagnóstico do problema é feito através de uma ultrassonografia, e a operação feita ainda na barriga da mãe pode ser realizada por endoscopia - procedimento sem cortes no útero.
O Brasil é o segundo país a realizar esse tipo de cirurgia, e já conseguiu elevar o nível de sucesso. Existem riscos de óbito da mãe ou do bebê e também a chance de uma interrupção da gravidez e perda do útero, mas esses riscos são muitíssimo raros, segundo especialistas, e hoje, os benefícios são muito mais visíveis do que os malefícios. Após o nascimento, bebês submetidos a esses procedimentos devem ter acompanhamento médico durante alguns anos.